Dra. Alessandra

Todos juntos contra o câncer de pele

Dezembro Laranja

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra cerca de 180 mil novos casos todo ano.

Esses dados são muito preocupantes, e colocam o câncer de pele como o mais frequente no Brasil e no mundo.

Mesmo assim, ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto, e a desinformação é um dos maiores vilões nessa luta. Cria-se, então, o Dezembro Laranja: um mês dedicado a espalhar informação, conscientizar o público geral e tentar mudar esse cenário.

Nesse artigo, você aprenderá mais sobre o câncer de pele, seus tipos e sintomas e como se prevenir contra essa assustadora doença.

Tipos de câncer de Pele

Existem três tipos de câncer de pele:

Cânceres de pele não melanoma:

1- Carcinoma basocelular (CBC):

Esse é o mais frequente tipo de câncer de pele, correspondendo a cerca de 30% dos diagnósticos de tumores malignos. Ele surge nas células basais, que estão na camada mais profunda da epiderme.

Esse tipo de câncer é facilmente tratado quando descoberto em seus estágios iniciais e possui um baixo índice de letalidade. Os CBC aparecem com maior frequência em áreas expostas ao sol, como o rosto, orelhas, pescoço, ombros, costas e couro cabeludo.

2-Carcinoma espinocelular (CEC):

Trata-se do segundo tipo de câncer de pele mais comum. Os CEC se manifestam nas células escamosas – a maior parte das camadas superiores da pele. Eles podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas também são mais frequentes naquelas que recebem mais exposição solar.

Câncer de pele Melanoma:

Esse é o tipo mais raro, porém mais perigoso. Ele tem origem nas células produtores de melanina – uma substância que determina a cor da pele do indivíduo.

O índice de mortalidade, nesse caso, é alto. No entanto, é importante ressaltar: as chances de cura são maiores que 90% se o diagnóstico for precoce. Dessa forma, as medidas preventivas e exames de rotina são vitais.

Quais são os principais sinais do câncer de pele?

Agora você já sabe: detectar o câncer de pele cedo pode ser uma questão de vida ou morte. Mas, para isso, é preciso conhecer os sinais e sintomas que você deve observar.

Via de regra, é recomendado consultar um dermatologista sempre que você notar algum tipo de mudança na sua pele – seja o aparecimento de manchas, modificação da textura ou do aspecto geral e surgimento de lesões novas.

Existem, no entanto, alguns sinais especialmente preocupantes.

No caso do câncer não melanoma (tanto CBC quanto CEC), você deve ficar atento à áreas avermelhadas, descamação e sangramentos. O câncer melanoma, por sua vez, normalmente assemelha-se a uma pinta ou verruga normal, de cor castanha. Saiba como identificar possíveis problemas através do método ABDCEs:

● Assimetria.
● Bordas Irregulares
● Diâmetro maior que 6mm
● Coloração irregular
● Evolução em tamanho, cor, textura ou formato.

Além dessas cinco características, fique de olho também em pintas ou verrugas que sangram.

Lembre-se: O Melanoma pode aparecer em áreas de difícil visualização para você. Além disso, muitas vezes uma pinta ou sinal que parece normal para um leigo levantaria suspeitas de um médico especialista.

Assim, embora seja importantíssimo monitorar em casa as mudanças que ocorrem na sua pele, apenas isso não é suficiente. É fundamental realizar consultas e exames de rotina regularmente. Assim, as chances de diagnóstico precoce são muito maiores.

Como se prevenir contra o câncer de pele?

Qualquer pessoa pode ter câncer de pele. No entanto, existem alguns fatores de risco: características que facilitam o aparecimento da doença. Então, se você se enquadra em um desses grupos, deverá tomar cuidados redobrados:

● Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;

● Pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer;

● Pessoas com doenças cutâneas específicas com maior fragilidade a aça da luz. Por exemplo: xeroderma pigmentoso

● Exposição prolongada e repetida ao sol;

● Exposição aguda e intermitente ao sol

Dentre esses fatores, existe um que você pode controlar: seu tempo e grau de exposição ao sol. Assim, a principal recomendação na prevenção do câncer de pele é se proteger dos raios UV.

E é interessante ressaltar: esses raios são capazes de atravessar nuvens. Isso significa que as medidas de proteção devem ser tomadas mesmo em dias nublados e durante o inverno.

Veja algumas dicas para cuidar da saúde sa sua pele:

● Utilize sempre protetor solar, com FPS ideal para sua pele. Seu dermatologista poderá indicar a opção correta para você.

● Evite tomar sol nos horários onde os raios são mais intensos – entre 10h e 16h.

● Utilize roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas e óculos de sol com proteção UV para proteger as áreas mais sensíveis do corpo.

● Mantenha sua pele hidratada. Seu dermatologista poderá recomendar o produto ideal para você.

● Procure áreas protegidas do sol caso a exposição seja necessária, como a sombra de árvores e toldos.

Cuidados ao aplicar o protetor solar

A queixa de queimaduras e outros danos à pele, mesmo usando protetor solar, é muito comum. Isso se deve normalmente ao uso de um FPS inadequado, aplicação inadequada ou qualidade do produto escolhido.

Veja alguns cuidados a tomar para garantir que você está protegido de verdade:

● Peça para que seu dermatologista recomende um produto. Muitas vezes, escolhemos à olho, ou seguimos a recomendação de um farmacêutico. No entanto, isso pode levar a diversos problemas, como FPS inadequado ou produtos de menor qualidade;

● O FPS deve ser no mínimo 15. Quanto mais branca ou sensível sua pele, maior o fator necessário.

● O fator de proteção varia de acordo com a espessura da camada aplicada, além da frequencia, perspiração e exposição à água. Assim, é preciso reaplicar o produto regularmente, em camadas grossas e uniformes.

● Utilize um produto específico para a área do rosto e lábios.

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