Dra. Alessandra

Herpes

A herpes simples trata-se de uma DST, ou doença sexualmente transmissível. A ocorrência desse vírus é surpreendente comum, já que é uma infecção que pode ser transmitida mesmo perante a ausência de sintomas.

Também é importante lembrar que o vírus também pode ser transmitido pela mãe para o bebê recém-nascido.

A herpes simples se manifesta através de bolhas e feridas ao redor da boca, nariz, genitais e glúteos. No entanto, a infecção pode ocorrer em qualquer parte da pele. Tratam-de se sintomas dolorosos e desconfortáveis devido ao reaparecimento frequente, mas raramente são fatais, mesmo em casos mais graves.

A herpes simples pode ser dividida em dois tipos. Saiba mais sobre cada um deles:

Herpes simples tipo I

Também descrita como “febre interna”, a herpes tipo I causa a formação de pequenas bolhas transparentes, que geralmente aparecem na região do rosto. As lesões podem aparecer também na área genital, porém com menor frequência.

Essas bolhas podem fazer com que a pele torne-se avermelhada, também apresentando sintomas de coceira e sensação de queimação. Se rompidas, elas liberam um líquido translúcido.

Herpes simples tipo II

Esse tipo de herpes geralmente causa lesões nos glúteos e área genital. Os sintomas podem aparecer de 2 a 20 dias após o contato com a pessoa infectada.

A herpes tipo II pode causar problemas mais graves, incluindo prurido, febre, lesões dolorosas, dor muscular e uma sensação de queimação ao urinar.

Os dois tipos de infecções podem ser tratadas pelo dermatologista, e também é possível realizar tratamentos a fim de diminuir a possibilidade da transmissão na ausência de sintomas. Apesar de não ter cura, o uso de medicamentos antivirais é capaz de evitar crises da infecção.

  1. Herpes Simples é transmissível? Entenda mais sobre o problema.

O herpes simples, também conhecida como Herpes Genital e Labial, é alvo de muitas dúvidas. Por ser uma das ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) mais comuns, ela está normalmente acompanhada de muitos mitos e informação imprecisa.

E a informação, como você já sabe, é a principal maneira de se prevenir contra essa e outras doenças. Aprender a se manter saudável é superimportante! Por isso, montamos esse artigo, respondendo as dúvidas mais frequentes sobre o herpes simples. Continue lendo e confira:

  1. O que é herpes simples?

O herpes simples nada mais é do que uma infecção viral causada pelo vírus HSV, pode ser classificada em dois tipos: herpesvírus tipo 1 (HSV-1) e herpesvírus tipo 2 (HSV-2).

  1. O Herpes tipo 1

O herpes tipo 1 está associado a infecções nos lábios, na boca e na face, principalmente, porém pode se manifestar em qualquer parte do corpo. O vírus causa lesões e pequenas bolhas agrupadas com a base avermelhada, mais frequentes  ao redor dos lábios ou na parte interna da boca.

Essa variação é a mais comum do herpes simples – muitas pessoas têm o primeiro contato com o vírus ainda na infância. O HSV-1 também pode causar infecções na região dos olhos (principalmente na córnea e na conjuntiva), além de, em casos mais raros, causar uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite).

  1. Como o Herpes tipo 1 é transmitido?

Veja como é possível entrar em contato com o HSV-1:

  • Beijo: O contato oral-oral é uma das principais formas de transmissão do herpes tipo 1. O vírus herpes não precisa estar ativo para que a transmissão através da saliva aconteça. Isso significa que, mesmo sem feridas ou lesões visíveis, ele pode contaminar.
  • Sexo oral: O vírus HSV-1 também pode ser transmitido pelo contato genital-oral. O vírus do herpes simples será transmitido para a área genital por meio do contato oral, causando o herpes genital. É bom esclarecer que o vírus herpes tipo 2 é muito mais comum na infecção da região genital, sendo este agente mais frequente de herpes genital do que o herpes tipo 1.
  • Uso compartilhado de utensílios: O vírus herpes pode se alojar nas superfícies cutâneas. Ao compartilhar utensílios como talheres ou beber água no mesmo copo, é possível que o vírus seja transmitido para outras pessoas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, indivíduos que possuem infecção oral pelo vírus HSV-1, provavelmente não serão infectados com HSV-1 na área genital.

  1. O Herpes tipo 2

Mais comumente transmitido sexualmente, o HSV-2 pode causar coceira, bolhas ou até mesmo úlceras e feridas nas áreas genitais. Algumas pessoas com HSV-2 não apresentam qualquer sintoma. Isso não impede, no entanto, que o vírus seja transmitido.

Pode também ocorrer infecção cruzada entre os vírus do tipo 1 e 2, se houver contato oral-genital. Isto é, é possível pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital.

  1. Como o Herpes tipo 2 é transmitido?

Veja como é possível entrar em contato com o HSV-2:

  • Relação sexual: O vírus pode se concentrar no sêmen, secreções vaginais e saliva. Portanto, qualquer tipo de contato sexual sem proteção pode ser responsável pela contaminação.
  • Transmissão do vírus da mãe para o bebê: A Herpes tipo 2 pode ser passada da mãe para o bebê durante a gravidez, no momento do parto e após o parto.
    • Transmissão vertical: acontece durante a gestação.
    • Transmissão no momento do nascimento: Pode acontecer no momento do parto, caso a mãe esteja com o vírus  ativo.

Dessa forma, é muito importante que a mãe cuide bem da saúde durante a gravidez. Especialmente mulheres mais novas, que possuem menos anticorpos capazes de combater os sintomas do herpes tipo 2.

  1. Eliminando um mito: O herpes tipo 2 é transmissível pelo compartilhamento de objetos?

Diferente do herpes tipo 1, é muito mais difícil contrair a herpes tipo 2 através do compartilhamento de objetos. Essa variação do vírus não consegue sobreviver muito tempo fora do corpo. Logo, sua transmissão se dá, na maioria das vezes, por troca de fluídos.

  1. Sintomas do Herpes simples

A maioria das pessoas que têm o vírus herpes tipo 1 não sabem que estão infectadas. Isso porque, na maioria dos casos, ela é assintomática. Descubra como detectar a herpes simples:

  • Pequenas bolhas ou úlceras na boca, lábios, gengivas ou genitais;
  • Nódulos linfáticos no pescoço ou na virilha (geralmente somente no momento inicial da infecção);
  • Febre, especialmente durante o primeiro episódio de infecção;
  • Lesões genitais ou mesmo orais podem começar com uma sensação de queimação ou formigamento.

Sintomas específicos do herpes tipo 2:

  • Dores e irritação que aparecem entre dois e dez dias após o contágio;
  • Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas (costumam surgir dias após a infecção);
  • Úlceras na região dos genitais, podendo sangrar e causar dor ao urinar;
  • Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam.
    1. Herpes simples tem tratamento?

Embora o herpes simples não tenha cura, é possível realizar tratamentos que suavizam os sintomas durante as crises ou evitam futuras infecções.

Para fazer o diagnóstico desse quadro, é essencial que você consulte um dermatologista. Isso porque o vírus HSV não aparece em exames de sangue comuns.

Você sabia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, em torno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV-1 e cerca de 20% com o HSV-2? Dessa forma, é sempre bom fazer um acompanhamento regular.

O dermatologista pode diagnosticar uma infecção do herpes simples através da observação clínica. No entanto, alguns testes podem ser realizados para confirmar o quadro:

  • Exames de sangue para anticorpos de HSV (sorologia);
  • Teste de anticorpo fluorescente direto das células extraídas de uma lesão;
  • Exame de citologia viral na lesão.
    1. Como se trata o herpes simples?

Alguns casos não precisam de tratamento, a não ser tratamentos tópicos. É o exemplo de casos mais leves de infecções.

No entanto, alguns pacientes lidam com surtos graves ou prolongados (principalmente se for o primeiro episódio de infecção).

Além disso, pessoas que têm problemas no sistema imunológico ou aquelas que com recorrência frequente das infecções podem precisar de outras intervenções.

Nestes casos, medicamento antivirais podem ser utilizados.

Em casos mais grave ou de repetição muito frequente, o dermatologista pode até mesmo indicar que o paciente continue com os medicamentos antivirais, mesmo depois da infecção, durante um tempo prolongado, para reduzir a frequência e a gravidade dessas recorrências.

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