Dra. Alessandra

Doenças Relacionadas ao Suor: Conheça os Tratamentos

sudorese

As doenças relacionadas ao suor raramente estão associadas a condições perigosas para a saúde. No entanto, não são problemas inofensivos para quem convive com eles diariamente.

A sudorese excessiva, denominada hiperidrose, por exemplo, pode se tornar extremamente desconfortável. Além disso, existe um grande estigma social em torno do tema. Muitas vezes, o paciente se vê obrigado a navegar situações constrangedoras, e pode sofrer prejuízos sociais e psicológicos como resultado.

A queda da autoestima e ansiedade são dois dos mais preocupantes fatores frequentemente associados às doenças relacionadas ao Suor. E muitos pacientes deixam de procurar ajuda, porque não sabem que existe tratamento para o problema.

A seguir, você vai conhecer um pouco melhor três condições associadas ao suor. Todas elas podem ser tratadas, e você não deve sentir vergonha de procurar um especialista. Veja:

O que é sudorese?

Antes de começar a falar sobre a hiperidrose, precisamos destacar algo: a sudorese é um processo normal, que o corpo se utiliza a fim de manter sua temperatura ideal. Dessa forma, é normal suar – até mesmo bastante – quando está muito calor, ou quando você pratica atividades físicas.

O suor é produzido por glândulas, chamadas sudoríparas. Trata-se de um importante mecanismo para o processo de homeostase – como chamamos a capacidade do corpo humano de manter a estabilidade em seu meio interno. Isso é, a manutenção da temperatura, pH, volume dos líquidos corporais, pressão arterial, batimentos cardíacos, entre outros fatores.

Então, suar é perfeitamente normal – mesmo que muita gente ache bastante desconfortável. Isso é, se você sua em momentos apropriados, se o suor não tem cheio excessivo e nem coloração. Alterações em qualquer um desses fatores pode indicar a presença de uma doença relacionada ao suor.

Mas não se preocupe: como vamos ver a seguir, elas não são perigosas e podem ser tratáveis.

Hiperidrose: Suor Excessivo

A hiperidrose é uma condição onde a sudorese é excessiva, mesmo quando esses fatores não estão presentes. Isso é, o paciente pode suar em repouso, ou em dias frios.

Várias partes do corpo podem ser acometidas pela condição, que normalmente está associada ao mau funcionamento de glândulas. Alguns exemplos comuns são as axilas, rosto, cabeça, palmas das mãos ou as plantas dos pés, e a virilha.

A hiperidrose pode ter diversas causas – desde fatores emocionais até hereditários. Por isso, é importante consultar um dermatologista. O melhor tratamento é escolhido caso a caso. Podem ser utilizados medicamentos ou a realização de procedimentos clínicos, como aplicação da toxina botulínica tipo A ou a lipossucção.

Bromidrose: Mau Cheiro no Suor

Diferente da sudorese excessiva, pacientes acometidos pela bromidrose não costumam a suar em situações incomuns. No entanto, a sudorese corporal vem acompanhada de um suor de cheiro desagradável.

Essa também não é uma condição grave, mas pode causar muitos prejuízos à qualidade de vida.

O melhor procedimento para o tratamento também é decidido de paciente para paciente. Geralmente, a bromidrose é causada por bactérias que habitam a pele. Assim, o dermatologista poderá prescrever um antibiótico tópico, por exemplo.

Como você pode perceber, tratar a bromidrose é extremamente simples. Não há motivos para continuar sofrendo com esse problema.

Cromidrose: Suor Colorido

Pode parecer estranho, mas o suor pode, sim, ser colorido. Trata-se de uma condição rara, chamada cromidrose. Existem diferentes tipos de cromidrose, que possuem causas e tratamentos distintos.

Um dos principais fatores no diagnóstico da causa dessa condição é a observação da cor do suor.

Por exemplo, a cromidrose apócrina resulta em suor amarelado, verde, azul, preto ou marrom. Isso acontece divido à produção excessiva de lipofucsina, um pigmento produzido no nosso corpo pela degradação das gorduras. Normalmente, ela não requer tratamento, pois não é uma doença, e sim uma situação individual.

Há pacientes, ainda, que apresentam predisposição genética para produzir suor colorido. Algumas manchas, inclusive, podem ser apenas causadas pela interação do suor com diferentes tipos de tecidos.

No entanto, existem situações em que o suor colorido necessite de tratamento. Isso porque pode ser indicativo de fungos ou bactérias (suor amarelo ou vermelho), contaminação por metais (suor azul), deficiências vitamínicas (suor amarelado) e até mesmo alguns tipos de câncer (suor preto).

A cromidrose pode ser também o resultado da ingestão de determinada substância ou corante.

Por isso, é fundamental consultar um dermatologista para ter certeza de que está tudo bem. E, claro, receber o tratamento mais adequado para você.

Problemas sociais causados pelas doenças relacionadas ao suor

Não podemos negar que exista estigma social em relação a problemas com a sudorese. Normalmente, o mau cheio em específico é relacionado à higiene inadequada, e pode causar muitos problemas para o paciente acometido.

Seja em suas interações sociais ou na vida profissional, suar excessivamente ou com odores desagradáveis leva a situações constrangedoras. O problema pode, até mesmo, afetar a autoestima do indivíduo e ser uma das causas do aparecimento de transtornos de ansiedade – especificamente a social.

E o pior é que muitos pacientes que sofrem com esse problema não procuram a ajuda de um médio especialista. Seja por vergonha ou falta de informação.

Então, vale ressaltar: as doenças relacionadas ao suor são extremamente tratáveis. Muito comumente, um medicamento tópico pode resolver a questão e, em casos mais graves, há a possibilidade de realização de procedimentos e até cirurgia, como no caso de hiperidroses graves, a simpatectomia. Todos os tratamentos, na maioria dos casos, de acordo com a gravidade, representam um grande aumento na qualidade de vida do paciente.

Lembrando que, como pode ter diferentes causas, o tratamento para esses problemas é selecionado caso a caso. O que dá certo para um, pode não dar para outro. Então, é importante consultar um dermatologista e descobrir a melhor opção para você.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Telegram