Dra. Alessandra

Você conhece os diferentes tipos de herpes?  

tipos de herpes

Herpes é uma doença viral, contagiosa e muito comum cuja transmissão acontece através do contato com a ferida exposta de indivíduo contaminado, através do beijo, através do contato com objetos infectados, pela roupa e também pelo ar.

Quais são os tipos de herpes?

Há oito vírus diferentes de herpes que podem infectar os seres humanos.

Os tipos 1, 2 e 3 são os mais conhecidos e apresentam lesões bem semelhantes, podendo aparecer e reaparecer em diversos momentos da vida, até mesmo sem que haja sintomas.

Vale esclarecer que objetos contaminados como talheres, toalhas ou copos, por exemplo, são veículos potencialmente perigosos, em alguns tipos de herpes, principalmente no estágio em que as feridas do paciente apresentam bolhas com secreção.

Vírus herpes simples tipo 1

Este tipo é o responsável pelo herpes orofacial.  Vermelhidão na região dos lábios ou parte interna, ardência e vesículas (bolhinhas) são os sintomas deste Tipo.

Geralmente é na infância que acontece o primeiro contato, mas esta primeira infecção pode ocorrer mesmo em indivíduos mais velhos que não tenham entrado em contato anterior com o vírus .

Depois disso a doença fica latente no gânglio nervoso e pode ou não reaparecer, em qualquer período da vida, causando os sintomas.

Vírus herpes simples tipo 2

É o responsável pelo surgimento do herpes genital. Os sintomas também são vermelhidão, ardência e bolhas com secreção na região do pênis, vulva, virilha, nádegas ou ânus. Trata-se de doença sexualmente transmissível.

Vírus Herpes tipo 3 ou vírus da varicela-zoster

O herpes tipo 3 também pode ser chamado de herpes-zoster, é responsável pela varicela ou catapora e pelo herpes zoster, popularmente chamado de cobreiro. O herpes zoster é uma reativação do vírus da catapora que se manifesta num local específico do corpo, quando há uma situação de baixa imunidade.

O primeiro contato com o vírus acontece geralmente na infância, através das secreções orais de pessoa infectada.

Os sintomas são as conhecidas lesões avermelhadas e bolhas pequenas com secreção e crostas que seguem um caminho de um nervo correspondente na pele, geralmente não ultrapassando a linha média do corpo.

Primeiro ocorre a reativação do vírus , em uma segunda etapa acontece  a  inflamação do nervo correspondente causando dor local e após o início da dor é que surgirão as vesículas ou bolhinhas sobre a área afetada, que formarão crostas e deixarão cicatrizes nos locais afetados.

Tipo 4 – vírus Epstein-Barr

Herpes Tipo 4 é um vírus, também conhecido como Epstein-Barr, é um dos mais comuns. A infecção ocorre principalmente pelo contato com a saliva de pessoa infectada, contato direto e produtos sanguíneos. Os sintomas vão depender da localização e do tamanho das lesões, porém, as de tamanho menor podem não apresentar sintomas. Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, otite, obstrução nasal, sensação de obstrução no ouvido, dor de garganta e outros sintomas. Está associado a uma doença chamada mononucleose infecciosa e também a alguns linfomas, ao carcinoma nasofaríngeo e a algumas doenças em imunodeprimidos, como por exemplo: indivíduos transplantados, com síndrome da imunodefociência adquirida (SIDA /AIDS) e em tratamento para canceres.

Tipo 5 – Citomegalovírus

Herpes Tipo 5 – também chamado de citomegalovírus, esta é uma doença que sempre permanecerá no organismo do indivíduo infectado. O vírus tende a se aproveitar de estados de baixa imunidade para reativar a infecção. A transmissão acontece por contato direto, transfusão sanguínea, transplante de órgãos e de forma congênita.

Ainda que incomum, objetos contaminados também podem ser veículos de contaminação.

tipos de herpes
tipos de herpes

Tipo 6 – Roséola infantum ou Exantema súbito

Herpes Tipo 6 é chamado de Roséola, infecção viral que causa febre e lesões na pele, principalmente entre as crianças de seis meses até três anos. Geralmente não é grave, mas podem surgir ínguas no pescoço, dor de garganta e diarreia.

Tipo 7 – Herpes vírus tipo 7

Herpes Tipo 7 é um vírus que também pode permanecer latente nas células e ser reativado.  Também conhecido como HHV-7, pode ser transmitido pelas secreções orais. Pode causar febre alta e erupção na pele; também pode estar associado a infecções oportunistas.

Tipo 8 – Sarcoma de Kaposi

Herpes Tipo 8 – também chamado de vírus do Sarcoma de Kaposi, esta doença inflamatória atinge principalmente os membros inferiores.

Os sintomas se caracterizam por lesões na pele que vão da coloração rosa ao marrom, mais comumente violáceas e geralmente surgem na cabeça, pescoço e tronco. Pode haver sangramento digestivo.

Está ligada a casos de imunodepressão ao vírus herpes 8 e é mais frequente na população com SIDA/AIDS.

Aqui mostramos os tipos de herpes?

Agora saiba mais sobre Herpes zoster ou Cobreiro, que atinge milhares de pessoas

Agora que conhece sobre os tipos de herpes, vamos falar mais sobre Herpes Zoster, muito conhecido popularmente de cobreiro que afeta mais a população acima de 50 anos. Como a expectativa de vida da população mundial está aumentando, casos desta doença também acompanham este crescimento.

O Herpes-zoster vem preocupando bastante os médicos e a população com mais de 50 anos, fase em que as chances de complicações em função da doença aumentam, pois, é justamente depois dos 50 anos que as defesas do organismo começam a dar sinais de queda, tornando o indivíduo muito mais propenso a algumas doenças, incluindo o herpes zoster.

A doença conhecida como Cobreiro pode trazer graves consequências para quem apresenta a doença, principalmente em relação à população com mais de 50 anos, como já mencionado.

Além das lesões na pele, outros sintomas que podem surgir são:

  • Dor incapacitante;
  • Comprometimento da visão;
  • Comprometimento da audição;

As dores, inclusive, podem fazer com que o paciente venha a utilizar medicamentos muito potentes contra a dor, desde que prescritos pelo médico.

 

O cuidado com as crianças x Herpes Zoster ou Cobreiro

 

Vale lembrar que a incidência da doença no Brasil é bastante alta e segundo estudos publicados cerca de 80% da população adulta, principalmente os mais idosos, pode desenvolver Herpes zoster ou cobreiro.

O primeiro contato, entretanto, ocorre principalmente na primeira infância (1 a 3 anos de idade) mesmo que não se manifeste.

Outro ponto importante é em relação às crianças que convivem com pessoas acima de 50 anos ou mesmo idosos.

A doença não é comum entre os pequenos, mas, o contato com esta população mais exposta ao vírus pode deixá-las vulneráveis ao contágio ou mesmo o fato da mãe ter tido catapora ou herpes zoster na gestação também aumentam as chances da doença aparecer na infância.

 

Tratamento e vacina para a Herpes Zoster ou “Cobreiro”.

 

Geralmente a doença evolui para a chamada cura espontânea.

Após o diagnóstico, o médico iniciará o melhor método de tratamento, sendo com medicamentos antivirais e analgésicos, que são recomendados para atenuar a dor e reduzir as lesões.

Lembrando que apenas este profissional médico poderá recomendar o medicamento ideal para o caso apresentado.

O tratamento visa reduzir a evolução da doença, além de evitar maiores complicações, já que não há cura para o herpes zoster ou cobreiro.

Quanto a vacina, que é a única maneira de prevenção, é recomendada e se encontra disponível em dose única por administração subcutânea para pessoas acima de 50 anos.

A baixa imunidade pode ser uma das causas para o surgimento da doença, e a vacina aumenta a imunidade específica ao vírus da varicela-zoster, capaz de proteger o organismo da ação do herpes zoster ou cobreiro.

É aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e recebe o nome de Zostavax.

A vacina reduz sensivelmente as chances de desenvolver a doença e diminui os quadros de dor após a infecção, a chamada neuralgia pós-herpética.

Infelizmente, não é possível encontrá-la através do Sistema Único de Saúde (SUS), apenas em clínicas de vacinação, alguns laboratórios de exames e em hospitais particulares.

Apenas alguns casos específicos estão contraindicados para tomar a vacina. Pergunte ao seu médico e descubra se a pessoa indicada para  vacinação possui alguma contraindicação.

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