Dra. Alessandra

A importância da vacinação no combate às doenças de pele

vacinação no combate às doenças de pele

A importância da vacinação no combate às doenças de pele

Você sabia que graças a vacinação, muitas doenças deixaram de ser um problema de saúde pública?

Infelizmente, muitos mitos têm sido divulgados sobre a vacinação atualmente. É muito importante ficar informado e não deixar de se vacinar. Isso porque, se poucas pessoas aderem à imunização, essas doenças podem acabar ressurgindo.

Com isso em mente, preparamos esse artigo. Aqui, você encontra toda a informação que precisa sobre a vacinação, quais doenças da pele a prática evita e quais são os mitos que vêm sendo espalhados – e porque eles não são verdade. Vamos lá?

Como as vacinas funcionam?

Muitas pessoas se sentem inseguras ao ouvir falar que a vacinação consiste em introduzir um vírus ou bactéria ao organismo. Mas você pode ficar tranquilo: a vacina é segura.

Em baixíssimas dosagens, os componentes presentes na injeção “apresentam” seu organismo àquela doença. É como oferecer um modelo ou amostra para seu sistema imunológico. Assim, ele “conhece” a estrutura daquele vírus, e se entrar em contato com a doença eventualmente, poderá se defender de maneira eficaz.

E as reações a vacinas?

Após a vacinação, seu sistema imunológico irá reagir. Por isso, é normal que apareçam alguns sintomas, como febre e dor no local. No entanto, eles logo passam – e nem aparecem em todas as pessoas.

Essa reação temporária raramente apresenta riscos. E, mesmo nesses casos, os benefícios da imunização são muito maiores.

A vacina que chega aos consultórios e nas unidades básicas de saúde não foi desenvolvida da noite para o dia. É importante saber que anos de pesquisa e testes estão envolvidos em cada substância aprovada para distribuição. Isso significa que se vacinar é tão seguro quanto fazer o uso de qualquer outro medicamento.

Quais são as doenças de pele que podem ser prevenidas com a vacinação?

As principais doenças que podem ser evitadas com a vacinação são a catapora, herpes-zoster e HPV. Infelizmente, a adesão à imunização, em especial contra HPV, tem sido mais baixa que o esperado.

Muito se escuta sobre a necessidade de vacinar  crianças e adolescentes contra o HPV, devido ser essa uma infecção sexualmente transmissível (IST). É importante lutar contra o mito de que a vacinação contra ISTs incentivam o início da vida sexual. Afinal, a hepatite B, por exemplo, é uma doença transmitida por via sexual. Essa vacina é aplicada em todos os bebês no momento do seu nascimento.

É essencial que, quando o indivíduo decidir dar início à vida sexual, já esteja imunizado. Principalmente quando consideramos que métodos de proteção, como a camisinha, podem não ser completamente efetivos contra o contágio por HPV.

O HPV é uma infecção viral que pode levar a complicações sérias, como câncer de colo de útero, de vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe. É, ainda, responsável pelo aparecimento de  verrugas genitais.

O que é preciso para se vacinar?

Toda a população brasileira pode se vacinar gratuitamente. Basta verificar as recomendações para sua faixa etária e comparecer com sua carteira de vacinação em mãos na Unidade Básica de Saúde (UBS) da sua região.

Caso você não tenha seu cartão, é possível consultar o histórico de vacinação na UBS onde elas foram administradas para tirar a segunda via. A ausência desse documento, entretanto, não é um impedimento para a imunização. Nesse caso, você receberá um comprovante de vacinação para que o cartão seja atualizado depois.

No site do Ministério da Saúde, você encontra o Calendário Nacional de Vacinação, onde pode conferir quais são as imunizações recomendadas para sua faixa etária.

Mitos sobre a vacinação

É verdade, a internet revolucionou a maneira como aprendemos e buscamos informação. Infelizmente, essa expansão e globalização também gerou problemas, como o surgimento das fake news (ou notícias falsas).

Não se deixe enganar! A seguir, vamos ver algumas mentiras sobre vacinação que rodam pela internet:

MITO: Vacinas causam autismo

Esse mito apareceu devido à má interpretação de uma pesquisa – que, inclusive, se provou seriamente falha. O estudo de 1998 levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo. O artigo foi removido pela revista que o publicou, por ter sido considerado falacioso.

Ou seja: vacinas não causam autismo.

MITO: Vacinas não são necessárias se houver boa higiene

A boa higiene é sim fundamental para ajudar na prevenção de doenças. No entanto, apenas lavar bem as mãos não vai te proteger de contrair um vírus.

MITO: As vacinas têm efeitos colaterais de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal

As vacinas são extremamente seguras. As reações apresentadas por alguns pacientes são geralmente pequenas e temporárias.

É muito mais provável que uma pessoa sofra sintomas graves devido a uma doença que poderia ter sido evitada pela vacina do que pela reação à imunização.

A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o HPV pode causar câncer; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis com vacinação podem até resultar em morte.

Eventos graves são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. Todas as substâncias presentes na vacina foram aprovadas e testadas, além de estarem ligadas a anos de pesquisa minuciosa.

MITO: A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a poliomielite causam a síndrome da morte súbita infantil

Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome da morte súbita infantil (SMSI). O mito nasceu do fato de que essas vacinas são administradas justamente no período de maior risco da SMSI. Ou seja, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação, e teriam mesmo se nenhuma vacina tivesse sido aplicada.

Essas quatro doenças, sim, são fatais. Bebês não imunizados correm sérios riscos.

MITO: Se as doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas, não há razão para se vacinar

Embora algumas doenças evitáveis por vacinas já sejam muito raras, os agentes infecciosos continuam presentes em várias partes do mundo. E, no cenário globalizado atual, fronteiras geográficas significam muito pouco.

A imunidade de massa só funciona se a grande maioria dos indivíduos estiverem vacinados. Isso porque o vírus pode ter se modificado em ambientes diferentes, sendo capaz de contaminar até mesmo quem se imunizou em outra parte do mundo. 

Ao não se vacinar, você não apenas se coloca em risco: as pessoas ao seu redor também são afetadas.

MITO: As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso

É verdade, as vacinas contêm tiomersal. Trata-se de um composto orgânico que contém mercúrio. Ele é adicionado a algumas vacinas como conservante.

No entanto, a quantidade de tiomersal contida nas vacinas não apresenta nenhum risco para a saúde.

O segredo está sempre na dosagem. Altas quantidades de qualquer substância podem ser prejudiciais. Alguns exemplos são o açúcar, vitamina C e até mesmo medicamentos como aspirina.

Além disso, você está exposto a doses maiores de mercúrio todos os dias. Quando come peixe e outros frutos do mar, por exemplo.

Não deixe de cuidar da sua saúde: vacine-se!

A vacinação é fundamental para garantir sua saúde e a saúde de todos à sua volta!

É ótimo que as pessoas tenham se sentido motivadas a se informar sobre os compostos e seus efeitos. No entanto, é importante obter suas informações de fontes confiáveis e científicas.

Para evitar as fake news, sempre leia as matérias até o fim, verifique se existem links para as pesquisas científicas utilizadas como fonte e leia os artigos citados! Muitas manchetes acabam tirando certos dados de contexto, ou não citam que uma pesquisa não teve sua hipótese comprovada, por exemplo.

Quer mais dicas para prevenir-se contra as doenças da pele? Leia mais no nosso blog.

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